A dor
A dor que ostento não tem rosto,
Não carece de uma face para ser vista.
E sem banco, gente, ou outro encosto
Pareço perdido no meio desta rixa.
Sufoco. Não consigo respirar
Este ar que inspiro
Já me deixou de alimentar.
Não sei o que fazer,
Não sei por onde começar.
Tu estás longe, longe do meu amar
E o querer é tão grande,
Tão grande que me põe a chorar.
Um sorriso teu bastava
Um olhar já era suficiente.
Mas não sabia se lá estavas,
Não sabia que me esperavas,
E por aqui fiquei a pensar
Envolvido neste perigo eminente,
De te desejar.
Esta vela que acendo
Por esta alma despedaçada
Foi devida a um telefonemaA uma chamada desencaminhada.
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