segunda-feira, novembro 07, 2005

A dor

A dor que ostento não tem rosto,
Não carece de uma face para ser vista.
E sem banco, gente, ou outro encosto
Pareço perdido no meio desta rixa.

Sufoco. Não consigo respirar
Este ar que inspiro
Já me deixou de alimentar.

Não sei o que fazer,
Não sei por onde começar.
Tu estás longe, longe do meu amar
E o querer é tão grande,
Tão grande que me põe a chorar.

Um sorriso teu bastava
Um olhar já era suficiente.
Mas não sabia se lá estavas,
Não sabia que me esperavas,
E por aqui fiquei a pensar
Envolvido neste perigo eminente,
De te desejar.

Esta vela que acendo
Por esta alma despedaçada
Foi devida a um telefonemaA uma chamada desencaminhada.